Nunca foi do meu feitio criticar a mídia em patamar pessoal, e nem é pessoal o motivo desse post. Mas ontem, passeando pelos canais da TV, assisti parte de um programa voltado à galerinha jovem, com quadros relacionados à moda, às novas tendências musicais e tecnológicas, comportamento, opinião e tal. A apresentadora era super moderninha, cabelo colorido, informalidade, segurança e toda uma estética visual incomum. Aparentemente, perfeito, não fosse o total despreparo e limitação intelectual da condutora do programa que, ao comentar sobre a foto de um desfile no Japão, onde a modelo vestia-se como um robô, foi infeliz em dizer que achava legal a idéia robótica mas que não via muito sentido já que o robô estava sem roupas. Vejo certo sentido pra isso, na verdade vejo muitas interpretações, alguém se atreve a comentar?
O mesmo dia, exibia em um programa de entrevista na TV Senado. O convidado da vez era um professor de geografia, que talvez por acaso, era negro e pautava seus estudos sobre a cultura africana e nossas descendências diretamente relacionadas a ela. Além disso, ele visava mudar a base educacional do Brasil, mostrando a beleza cultural e despertando o interesse pelas nossas raízes, que no ensino fundamental é trocada por uma reverência norte-americana, completamente desnecessária.
Lógico, todo mundo pode escolher o que assistir, mas com a nossa educação em não pensar e não questionar, qual dos veículos influencia mais na formação de uma personalidade, a TV ou a escola?
2 comentários:
Um desfile onde a modelo veste roupas de robô pode conduzir a uma infinidade de possibilidades, como o contexto atual da sociedade contemporânea onde se substitui o sensível pelo pratico, ou uma re-revolucao industrial onde as máquinas ocupam o lugar do homem, numa crítica ainda melhor, poderia dizer que pra ser modelo (vestir uma roupa, ir ali e voltar, já diria Danilo Gentili) não faz-se necessário certas qualidades humanas, como o raciocínio. Enfim, cada um consegue enxergar algo novo ou nem tanto.
Mari ...
É complexo ! rs
Nunca vi um Robo de roupas, e de moda realmente entendo muito pouco.
Mas falando da chamada INDUSTRIA CULTURAL; não sei direito o que opinar ...no fundo, no fundo ...nossas tendencias vem das coisas que temos a possibilidade de viver,não podemos cobrar algo doce de quem só comeu salgado ...
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