05/07/2010

Contrato verbal

Hoje, nossa realidade é muito bem documentada. A burocracia impede ou tenta impedir que fujamos da ordem e do compromisso. Ela dificulta a corrupção e nos compromete a seguir um roteiro. Tudo isso é parte do “business”, mas e entre as pessoas? Quando não há nenhum interesse comercial/financeiro, nenhuma necessidade de vantagem senão a do bem mútuo, como assumir uma relação sem termos e parágrafos de um contrato? Onde estão as testemunhas, as provas? Onde está o meu advogado?

As palavras que proferimos, criam mundo que frequentamos diariamente e que também é frequentado por quem nos ouve. Descrevemos o chão que será pisado e a altura do céu que será contemplado. Definimos onde os caminhos levarão e quais as poças que deveremos pular. É um contrato verbal, assinado e testemunhado pela nossa consciência, nosso poder de discernimento e nossa inteira responsabilidade.

Quando se cria um mundo irreal, com palavras avulsas ou promessas vazias, chegamos no mundo e não encontramos o chão, corremos o risco de bater a cabeça num pé direito mais baixo, de pegar a direção errada daquela estrada que já estava gravada no destino do GPS... nos perdemos.

Por isso é tão importante não falar em vão, quando disser, que sejam verdades, não simples blablablas inconsequentes. É essencial assumir nossas palavras como um contrato, justo e digno. Formulando, pensando, projetanto, argumentando e construindo, como um piso firme.

Texto escrito para o blog http://noscontudo.blogspot.com. Visite!

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