01/04/2009

Corda bamba

Em um rolê pela Paulista, prestei atenção em um cara.
Ele era ruivo e alto e o melhor, ele usava fones de ouvido vermelhos e enormes.
Era impossível não olhar. Pensei:

-Nossa, ele deve tá imerso no som, amarradão!

Quando ultrapassei, fiquei pensando naquilo - como julgamos as pessoas o tempo todo e como respondemos aos julgamentos dos outros, também.

Pensei que ele pudesse, sim, preocupar-se em estar com fones da hora, cheio de estilo, moderno e arrojado, ou então, que ele tivesse pego um qualquer numa caixa de velharias. Foi aí que eu percebi que a linha entre ter um estilo impecável ou não ter nenhum, é muito tênue. Há!

E quem se importa?
Eu não.

4 comentários:

CristalHui disse...

Recado pra malandragem :D

Edgar Melo disse...

Mari ...

Eu também não me importo.

Boas são as mentes que não tem a ANSIEDADE de entender e explicar todas as coisas, e sim viver ...

Anônimo disse...

Ter um estilo "impecável" não seria já um estado de comparação (pessoal?)? Como poderiamos classificar o oposto de impecável? Um catador de papel póde se enquadrar como impecável? No que?
a retórica entre um ou outro, os estilos, sem dúvidas vai depender de quem será o julgador, óbviamente que seremos julgados por eles, independente do que o julgado pense ao colocar uma parada na orelha extravagante, ou uma mulher com uma sainha curta que no fundo só quer usar por achar confortável e não para chamar a atenção.
Quais conceitos são os mais utilizados para os "julgadores"? Acredito que na grande maioria será o que os costumes de um "grupo social" diria, "é natural que nem alimento transgênico", não digo que seja certo, longe de "julgar!", mas sem dúvidas que pessoalmente o estilo "impecável" como o sugerido, me chamaria muito mais atenção do que uma pessoa trajada de certa forma como a maioria das outras, numa consagração "normal".

Thiago disse...

Palavras demais, conceitos demais...os inimigos do estilo espontâneo e verdadeiro...
Não temos paramêtros para definir o normal e o anormal...qualquer julgamento sobre algo externo a nós mesmos é mera especulação.
É o mesmo que a partir do ponto de chegada querer adivinhar o caminho que se percorreu para chegar até lá...sendo que existem infinitas estradas.